quinta-feira, 9 de maio de 2013

Alameda


É aqui que se cruzam a linha vermelha e linha verde do metro de Lisboa.
É aqui que as pessoas se cruzam, passa uma pelas outras, em uma pressa sem fim...
se olham, se reconhecem e seguem seu caminho.
De todos os lugares, nacionalidades. Seguem...
Quando param se é que param, tem acima de suas cabeças um jardim...
suba para descansar, ver a fonte e quem sabe conhecer alguém que acabou de cruzar logo abaixo.






Mimimi All by myself


Em algum momento da minha vida alguém me disse que ser jovem é querer abraçar o mundo. Bom, minha mãe sempre me disse que eu sou o tipo de pessoa que quer abraçar o mundo, fazer tudo ao mesmo tempo e dar o passo maior que a perna, que seja :P sou assim e até hoje nunca tive grandes infelicidades com isso, minhas perninhas dão conta, apesar de pequenas – aqueles que andam comigo bem sabem como sempre fico pra trás, reclamando de como o mundo anda muito rápido.- mas essas perninhas sempre deram conta de alcançar meus sonhos.
Acontece que, ainda assim, com o tempo agente aprende algumas coisas, como que as vezes para fazer tudo de uma vez você precisa do SEU mundo por perto, só pra poder fugir um pouquinho e recarregar as energias, sabe aquele mundo que você cresceu e chama de lar; aprende que para dar aquele passo maior que a perna as vezes é necessário cair, se machucar e criar um degrauzinho meio, encurtar o passo para então seguir; e também aprende que no final abraçar o mundo pode ser trocado por abraçar uma pessoa, sabe, aquela que te faz falta em todos os momentos, que você sempre imagina ao seu lado quando você está vendo algo novo.
Pois é pessoas, o galo está com saudade de casa; Eu sei!!! Não é justificativa para sumirmos e abandonarmos o galo sem um grão de milho, mas entre crises existências, saudade, surtos psicóticos, e momentos de mimimi all by myself, nos encontramos em um semestre cheio de aulas, e essas aulas cheias de trabalhos, e esses trabalhos gigantescos, e como eu disse, mimimi all by myself.
Sendo assim, façamos um trato: não lhe prometemos o mundo, mas um sim um pouquinho de Lisboa, não prometemos estar presente o tempo todo, mas sempre que possível, garantindo trocar os momentos mimimi all by myself por cocoricós e desenhos, estes não prometemos que serão os melhores que já fizemos, mas lhe damos com todo o coração e carinho que usamos para faze-los. Também não lhe digo que estaremos sempre certos, somos forasteiros e podemos acreditar em uma história ou outra que não foi bem contada, mas prometemos corrigir nossos erros, e lhe agradecer por aponta-los.
Resumindo. Sentimos muita falta do nosso galinho e estamos de volta AEEEEEEEEE!!!
Sentimos falta da diversão em sair sem rumo com bons amigos ao lado, de sentar em um lugar qualquer e ficar rabiscando enquanto contamos “causos”, sentimos falta da energia que o galo nos trás, da ansiedade, de escrever sobre Portugal, de entender Portugal, de conhecer esse lugar que hoje, já chamamos de casa, já temos nossos bons amigos de infância, já sabemos qual os melhores horários do metro, e quais autocarros pegamos pra chegar em casa mais cedo, qual o Pingo Doce preferimos e como pagar mais barato no cinema.
Eu já até descobri qual o meu horário favorito. A Primavera de Lisboa as sete da noite, é o melhor clima, o sol mais gostoso, a brisa mais refrescante, tem um monte de criança nas praças e ainda falta muito para anoitecer, pois na primavera eterna de Lisboa só escurece MESMO depois das nove da noite.
E foi então em uma dessas sete horas da noite de Lisboa que os amigos do galo, saíram para reencontra-lo, Afinal quem disse que o galo só pode cantar de manhã?? Mas também não foi fácil estamos travados no desenho de sketch, embora minha escrita parece estar muito bem, eu acho que varias pessoas vão querer me matar por um texto tão longo :D Alias texto esse que não passou pela revisão dos meninos, mas como única garota do grupo eu decido que eles concordam com tudo o que eu escrevi :D

Sem mais, apresento a vocês, a ALAMEDA! Um dos lugares mais felizes de Lisboa e ainda é perto de casa :)


Alameda Dom Afonso Henriques é um arruamento e jardim em Lisboa. Foi construído em homenagem ao primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Tem pouco mais de cinco hectares, e é constituído por um pequeno jardim no topo oriental, estendendo-se depois em dois grandes tabuleiros relvados divididos pela Avenida Almirante Reis; no topo ocidental está situado o Instituto Superior Técnico. A separar o jardim dos tabuleiros relvados está a Fonte Luminosa, uma das maiores obras monumentais do Estado Novo.


Alameda um lugar feliz onde crianças vão brincar, adultos vão ficar olhando pro ceú, loucos vão fazer exercicios, cachorros vão se reunir pra pegar a bolinha e o Sergio vai fugir deles!

E sim tivemos nosso momento café com salgado frio.
Não um dos melhores, mas tava frio então achei Bom :D


E por ultimo e menos importante, meu pseudo-desenho da Alameda feito rápido, enquanto eu congelava, pq esfriou mais do que eu achava que iria, e porque ver os cachorros brincar tava muito divertido.

 ps: eu tenho que parar de desenhar com lapis azul pro galo, é quase impossivel recuperar a cor no photoshop u.u

segunda-feira, 11 de março de 2013

Faculdade de Belas Artes


Faz um bom tempo que não há nada novo por aqui, pois bem, vou explicar...  O fim de semestre letivo, o ano de 2013 começou e com ele o período de avaliação na faculdade. 


Entre testes , trabalhos, pincéis, tintas, lápis desenhos e muito desespero em cada atividade restante. 

Loucura... mas bora lá, e para retomar o trabalho a paisagem é a FACULDADE DE BELAS ARTES. 





A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa é uma instituição de ensino público universitário dedicada ao ensino e investigação nas áreas da Pintura, Escultura, Design de Equipamento, Design de Comunicação e Arte e Multimédia, Ciências da Arte e do Património e Desenho.É a escola superior de ensino artístico mais antiga de Portugal. 
As suas instalações, no Convento de São Francisco, situam-se no Largo da Academia Nacional de Belas Artes, perto do Chiado.
Criada em 1925, a Escola de Belas-Artes de Lisboa, chamada Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL) a partir de 1950, foi integrada na Universidade de Lisboa em 1992, adoptando a actual denominação.
O Departamento de Arquitectura da ESBAL foi autonomizado da escola, em 1979, transformando-se na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa.
[editar]Academia de Belas-Artes / Academia Real de Belas-Artes


A partir de Alberti as artes deixam de ser vistas como uma atividade estritamente manual; Leonardo da Vinci aprofunda essa noção, considerando o desenho como cosa mentale, ligado portanto, em primeiro lugar, ao processo intelectual. Esta alteração irá determinar, a partir do século XVI, a reconfiguração do ensino artístico; surgem as Academias, com o objetivo de transmitir não apenas as técnicas mas também formação teórica.

Em Portugal o processo inicia-se com Filipe II, que cria a Aula do Risco do Paço da Ribeira em 1594; o ensino das artes percorre depois várias etapas, que conduzirão, em 1836, à criação da Academia de Belas-Artes (instalada, desde o início, no Convento de S. Francisco, Chiado, onde ainda hoje está sediada a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa).
Em 1862 a Academia passa a designar-se Academia Real de Belas-Artes.
Em 1881 é feita uma grande reforma pedagógica. Dá-se a separação do sector escolar da Academia. Em 1901 é publicado o Regulamento da Academia Nacional de Belas-Artes. Em 1911 é feita uma reforma do ensino e publicado decreto que reorganiza as Escolas de Belas-Artes. A Academia é extinta.



Minha casa é assim que a considero, atravessei um oceano para chegar até si. 
E nem nos meus sonhos mais otimista esperava chegar cá.
A fbaul... a faculdade de belas artes, que confesso que me amedrontaste.
Com a sua historia, com o seu peso,  
e ao entrar dou de cara
Com seu Laocoonte e seus filhos a minha direita e a Vênus de Milo a esquerda 
e seguindo em frente, imponente o São Jerônimo   
Me dei conta que ainda meio sem saber o que fazer. 
Que a arte esta ali, o lugar é sagrado, o local é de arte.

Atelier de Pintura 

E hoje com muito orgulho e carinho que mostro um pouco do que é este universo da Belas Artes.


O bar, e a deliciosa tosta não pode faltar, e a sempre tão simpática atendente. 



Não sou só filho da PUC,  mas sou seu filho também  da FBAUL.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Fátima.Foi aqui que o sol bailou!


        Chegar a Fátima é sem dúvida uma grande emoção, quem sabe por estar tão longe de casa a emoção se torna maior ainda. Foi indescritível aquele dia 27 de dezembro, ficará marcado no meu coração. Lembrou-me com carinho a primeira vez que fui até o Santuário de Aparecida/SP, que sentimento foi aquele, algo que não conseguiria expressar, emoção Sagrada, impagável, lembro-me do meu pai me levando pela mão apontando a imagem da Virgem, tão pequenina e dizendo, “Aquela ali é a verdadeira, aquela ali é que foi encontrada no rio” e por alguns segundos um terror e uma alegria se misturam no coração de criança.


        Em Fátima não seria diferente, porém lá estando, era o coração que dizia: Então foi aqui que o sol bailou! Sim, que mistérios guardam este lugar, que “alegria aterrorizante” não envolve o coração de quem aqui vem. Gente por todo lado, gente de todo o lado, vem de longe, vem buscar benção para si, vem rogar pelos seus. De um lado a antiga basílica, do outro o novo Santuário e entre essas duas grandes igrejas aquilo que dá sentido a vida do peregrino, a primeira capelinha e uma grande azinheira, sinal da manifestação do invisível no visível, e toda gente parece voltar a ser criança, suplica baixinho e insistente, olha pra imagem da Virgem com aquele mesmo olhar da criança que deseja algo da qual não consegue fazer sozinha.



        Que bom querida Mãe, que tens o manto largo e comprido, pois abaixo dessas dobras cabe o mundo todo, como me senti bem estando perto de ti mãezinha, desde pequeno aprendi a te amar, após o sinal da cruz não contente por não citá-la em tal prece de benção o último beijinho dado a mão sempre foi teu, sempre foi pra ti.



        Olho para trás e vejo que no decorrer da minha vida teu olhar nunca se afastou de mim, e se hoje desenho somente tua casa é que não saberia faze-la pessoalmente tão bela como a imagino no coração, por isso desenho o templo dedicado a ti, pois felizes foram as mãos que planejaram e fizeram tal obra, abaixo desta torre que corta o céu Português e divide as nuvens da cova da Iria vejo uma grande escada da qual posso subir e chegar bem pertinho de ti, e com um beijinho e um sussurro dizer, Te amo!


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Os Donos da Rua



Era uma vez um grupo de estudantes que foram parar em Portugal; Como era de se esperar aqueles sete amigos teriam que se separar em busca de casa para morar, afinal seriam dois longos anos de muito estudo, passeios, e saudade. 
Naturalmente os grupos se formaram, e esses amigos foram em busca de casas onde pudessem morar pois, a vida de hostel já estava os deixando loucos, e até mesmo faíscas começavam a surgir entre eles. 

Hoje vou contar a história de dois desses grupos e sua jornada por uma casa; Um grupo era formado por Sérgio e Pedro, já o outro por Jeison, Elisangelae Eu. Estávamos em Portugal a quase duas semanas, as aulas já estavam começando e nós ainda não tínhamos casa para morar, o cansaço se misturava ao desespero, enquanto nosso precioso dinheiro ia embora em mais dias de Hostel. Um dia decidimos "Não voltamos para o Hostel hoje sem uma casa para morar!!!". 
Foi então que todos saíram para andar por Lisboa, munidos de seus caderninhos para anotar os números das casas para se ARRENDAR (alugar) e um cartão telefônico. Os dois grupos andaram, ligaram, visitaram, pesquisaram preço, e enfim no final da tarde, parecia que cada um tinha achado a casa dos sonhos, bonita, barata e próxima ao Metro. Foi por volta das seis da tarde quando nos separamos, desejamos sorte um ao outro e cada grupo foi ver a sua casa. O meu grupo ainda tinha mais uma casa para ver naquele dia, duas opções era melhor que uma, passamos na primeira casa, e digamos que ela era um pouco assustadora demais para nós, porém não a descartamos, ainda tínhamos outra casa para ver mas caso não desse certo e não tivéssemos outra saída, ficaríamos com a casa tenebrosa. Então com esperança nos encaminhamos para a outra casa. Era um lugar lindo, uma vista linda, uma igreja linda, uma localização ótima, estávamos encantados, queríamos aquela casa, tocamos a campainha, logo o dono da casa desceu o prédio para nos atender, e pediu gentilmente para que esperássemos alguns minutos, pois ele estava mostrando a casa a outras pessoas no momento; infelizmente ele tinha agendado com um grupo na mesma hora que sua mãe havia agendado conosco. Foi um banho de água fria em nós e por algum motivo o primeiro pensamento que tivemos foi: "São os meninos", não queríamos acreditar que fossem eles, mas tínhamos certeza que era, eu pessoalmente já os estava amaldiçoando de todas as formas possíveis (sim, estávamos desesperados), foram terríveis longos minutos de espera, e quando a porta do prédio finalmente abriu... ERAM OS MENINOS. 

Eu queria chorar por termos chegado depois deles e perdido a casa, mas também estava feliz que pelo menos alguém tinha conseguido uma casa para morar, porém maior parte de mim queria bater neles =p 
Mas como nem tudo é tristeza na vida de estudantes, acontecia que dois prédios ao lado tinha uma placa de arrenda, ligamos rezando para que o preço fosse bom e a casa estivesse disponível. E não é que estava livre! Naquela mesma noite conhecemos a casa e fechamos negócio, foi festa no hostel aquela noite! 


Moral da história: SOMOS OS DONOS DA RUA!!! 


Sejam bem-vindos a rua Estacio da Veiga